domingo, 28 de outubro de 2012

Akemi - ARTICULAÇÃO ACERCA DA PRODUÇÃO CULTURAL DA LENDA: A PEDRA DO DIABO

Comentário sobre a Lenda

Construir os pilares para a produção cultural é um dos grandes papéis do bibliotecário para a inserção participativa da comunidade neste âmbito, possuindo ferramentas e fontes de informação variadas para a colaboração e consolidação no desenvolvimento das práticas culturais.

Pensando nisso, reproduzimos a lenda de forma que o público possa se divertir, se entreter enquanto aprendem, conhecendo e resgatando um conto muitas vezes até desconhecido por gerações mais novas. Além disso, ao expor o teatro de sombras no blog, proporciona a participação do público não só local, pois atravessa as barreiras estruturais.

Importante ressaltar, que a produção cultural está muitas vezes ligada a criação artística, nesse aspecto insere-se e caracteriza-se o gestor cultural a partir da sua colaboração nas práticas culturais, além de acrescentá-lo aprendizado e experiência na estruturação do seu perfil profissional (CUNHA, 2007, p. 3-4).

Cunha (2007, p. 7) acrescenta os requisitos necessários para ser um gestor cultural preparado:

[...] para além de ser um profissional estratégico, ele tem que dominar o processo de desenvolvimento da gestão cultural, definindo programas, políticas e conceitos, tanto de projetos ou de instituições culturais, públicas ou privada, ou seja, quanto à capacidade específica de atuação do gestor cultural. Esse profissional tem que ter habilidades que possam agregar os demais parceiros de trabalho.


Outro campo que pode ser preenchido é o de empreendedor cultural, capaz de captar e combinar recursos para a realização da ação cultural elementos tão relevantes para a mobilização do processo produtivo (BYGRAVE, 1989 apud LIMEIRA, 2008, p. 6).

As políticas públicas na área cultural ajudam a formular o caráter estratégico dos projetos culturais, devendo conter itens como: objetivos, programa de ações a serem desenvolvidas ou implantadas, os recursos (materiais, humanos, financeiros, legais), definição do público alvo (RUBIM, 2007a apud COSTA, 2008, p. 6).

Para nós profissionais da informação, o projeto nos possibilita visualizar e executar a parte dinâmica e menos tecnicista do trabalho. Nos aproxima mais do nosso público, torna-se a parte em que também aprendemos ensinando, sendo uma troca infinita.
Rosa (2009, p. 373), reforça o papel das unidades de informação em

apresenta[r] um novo papel na sociedade, inclusive educacional, não podendo ficar mais isolada e estática, e sim, trabalhar no desenvolvimento de ambientes que promovam a capacidade do usuário no acesso a informação e produção de novos conhecimentos.

Ação cultural possibilita não apenas a expressão da arte, ela traz consigo a mudança social, estimula a criatividade, conhecimento, preservação da memória, entretenimento. Em face de sua importância, Limeira (2008, p. 2-3) descreve a reivindicações em relação ao papel desempenhado pelas práticas culturais:

assim, a área cultural passou a argumentar que poderia ajudar a resolver problemas sociais como os da educação, bem como abrandar as hostilidades raciais,ajudar a reverter a deterioração urbana com o turismo cultural, criar empregos e diminuir a criminalidade.

Teixeira Coelho (1989, p. 16) nos diz com toda a sua propriedade sobre essa área, de que a vitalidade da ação cultural é a “operação com os princípios da prática da arte, fundados no pensamento divergente” fazendo alusão ao “princípio do diagrama poético” em que se aproveita para o processo tudo que lhe interessar, surge de qualquer lugar, na hora que convier, seguida de justificativas claras, movida pela vontade da possibilidade da concretização. “É esse tipo de pensamento e essa modalidade de prática, em parte privilegiada pela ciência mais criativa, que permite o ‘movimento’ de mentes e corpos tão privilegiado pela ação cultural”.

E encerro com o a frase de Paulo Reglus Neves Freire, considerado grande filósofo e educador influenciador da pedagogia crítica, em que se incentiva a construção do próprio conhecimento a partir da dialética, sem se preocupar em se repassar conceitos prontos: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. (Paulo Freire)


Referências

COELHO, Teixeira. O que é ação cultural. São Paulo: Brasiliense, 1989. 94 p.

COSTA, Leonardo Figueiredo. Uma reflexão sobre as políticas públicas e a questão da formação na área cultural. In: Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura - ENECULT, 4., Salvador, BA, Anais eletrônicos. Salvador, BA: UFBA, 2008. Disponível em: <http://www.cult.ufba.br/enecult2008/14567.pdf>. Acesso em: 28 de out. de 2012.

CUNHA, Maria Helena. Gestão cultural: construindo uma identidade profissional. In: Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura – ENECULT. , 3., 2007, Salvador, BA, Anais eletrônicos. Salvador, BA: UFBA, 2007. Disponível em: <http://www.cult.ufba.br/enecult2007/MariaHelenaCunha.pdf>. Acesso em: 28 de out. de 2012.

LIMEIRA, Tânia Maria Vidigal. Empreendedor cultural: perfil e formação profissional. In: Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura - ENECULT, 4., Salvador, BA, Anais eletrônicos. Salvador, BA: UFBA, 2008. Disponível em: <http://www.cult.ufba.br/enecult2008/14310.pdf>. Acesso em: 28 de out. de 2012.

ROSA, Anelise Jesus Silva da. A prática de ação cultural em bibliotecas . Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v.14, n.2, 372-381, 2009. Disponível em: <http://revista.acbsc.org.br/index.php/racb/article/view/675>. Acesso em: 28 out. 2012



Aluna: Akemi Mitsuko
7º Período de Biblioteconomia - UFES
Disciplina: Ação Cultural
Professora: Meri Nadia



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